Num lugar que lhe parecia
desconhecido
caminhava. Seus pés descalços quase tocavam o
chão que mais parecia de
algodão, era macio,
estava à flutuar, inexplicável sensação de bem estar
sentia.
Ao longe vislumbrava uma cachoeira, linda e
brilhante, que ganhava cores refletida
pelos raios de sol.
Seguiu. A medida que se aproximava seu
encantamento
aumentava, tamanha era sua
felicidade, banhou-se naquelas águas límpidas e
sentiu o amora agradável que vinha das belas flores
em volta adornando graciosamente a paisagem que
completava aquele cenário de um perfeito paraíso.
Por alguns instantes o medo a
acometeu. Será que
tinha morrido? Como poderia estar ali sozinha,
ainda de camisola
naquele lugar que jamais
estivera antes? Não quis pensar mais, pôs- se ao sol para
secar suas vestes
respirou o ar puro, deitou-se na
grama verdinha e permaneceu ali imóvel por
alguns
minutos, tinha perdido a noção do tempo, fechou os
olhos, encheu-se de
uma confiança nunca antes
sentida e disse para si mesma: “É hora de voltar.”
Lis Fernandes